agosto 29, 2011

Corpo Espiritual

Há um poço exilado no meu ser.
Escurecido, fugidio, ainda assim o sinto,
como se a réstea da minha alma
fosse uma crescente visão
impregnada do labor do faroleiro
seguindo à frente da tua busca
de contornos e pontos fixos.


Há na profundidade do teu corpo
como se move, como descansa,
como se espelha em modelos despidos,
uma razão para não ter pressa
em recuperar os sentidos.

Há no vagar dos corpos
a antiga consciência de refazer a luz.