Diário a Beatriz / dia vinte e cinco
Infinita Beatriz, estes tempos que se fizeram da saudade que te escrevi ontem, cresceram afinal o oceano de esperança que hoje nos afasta, e porque algo do teu silêncio se revela agora num esquecimento, contra o epílogo sublime das vagas, todo o meu corpo se desmorona a chamar-te onde estás, pois nem marejado pelo crepúsculo das águas profundas nos olhos te consigo já distinguir na lonjura que antes foi a distância perfeita do meu coração.
Infinita Beatriz, estes tempos que se fizeram da saudade que te escrevi ontem, cresceram afinal o oceano de esperança que hoje nos afasta, e porque algo do teu silêncio se revela agora num esquecimento, contra o epílogo sublime das vagas, todo o meu corpo se desmorona a chamar-te onde estás, pois nem marejado pelo crepúsculo das águas profundas nos olhos te consigo já distinguir na lonjura que antes foi a distância perfeita do meu coração.