Há degraus? Pontos de existência? Quando olho as estrelas parece que sim.
Chegará a tempo de voltar a ser quase nada aquele que tanto se distrai a viver?
Recorrendo na desilusão de não estar apto para exprimir o que seria a visão fundamental, o chão de qualquer instante conduz-me num redemoinho para um depósito de sementeiras queimadas. É por causa da noite imposta ao sonho de tempos imemoriais que o meu Ser empalidece no cativeiro. Mas no silêncio só possível de afinar no fim da noite, a causa antiga acende-se na loucura, agora cristalina e centrada, remexendo tudo aquilo o que pensava estar destinado a alinhar-se, ou finalmente a esquecer-se.
Um pouco mais de paciência. Somos mais na última nota. Sentimos mais porque nunca tivemos tão pouco. E se formos caçadores da nossa alma não passaremos fome, nem cometeremos crime um dia de caça que seja. Não teremos vergonha quando a presa for mais lesta. Não negaremos a vida por mais que a morte seja a nossa viciada lança. Não sossegaremos mesmo que a ponta envenenada do espelho do real retire o brilho da estrela pessoalíssima que nos serve e cuida.
Um pouco mais de paciência. Somos mais na última nota. Sentimos mais porque nunca tivemos tão pouco. E se formos caçadores da nossa alma não passaremos fome, nem cometeremos crime um dia de caça que seja. Não teremos vergonha quando a presa for mais lesta. Não negaremos a vida por mais que a morte seja a nossa viciada lança. Não sossegaremos mesmo que a ponta envenenada do espelho do real retire o brilho da estrela pessoalíssima que nos serve e cuida.
Somos uma coisa em comum que persegue a alma de cada um.
Somos filhos gratos do desassossego. Seja como fôr cobrimo-lo de louvor.