Diário a Beatriz/dia quatro
Como é isto de viver pela metade ou, melhor dizendo, pela inteireza do que é falta? Apetece todos os dias avançar nas páginas do Bukowski sobre tal mistério, pairar sobre ele como só aqueles que lhe adquiriram por mérito próprio do álcool a subtileza de o caminhar nas águas de Rembrandt. Estou esquecido do que é responder com a inocência das crianças. A tua sabedoria envolve-me com a mortalha almiscarada de um longo retorno à Babilónia restabelecida dos meus sonhos.